terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que queremos para nossos filhos?

Li um post no blog da Lia muito interessante, sobre a eterna dúvida e culpa das mães que trabalham. No post, a Lia comenta algumas pesquisas que "descobriram" que os filhos das mães que trabalham não são menos felizes que os das que não trabalham, ou algo parecido. Eu também li algo a respeito.
Sei que o tempo que nós passamos com nossos filhos, para as mães que trabalham, nunca é suficiente, mas isso nunca me deixou necessariamente com culpa. Ou seja, acredito que o tempo com os filhos é importante e que é papel dos pais ajudar a formar o (bom) caráter dos filhos, a educar para o que realmente é importante e tem valor nessa vida. O que eu também sei, e procuro praticar em casa, é que esse tempo (mesmo que seja pouco) deve ser recheado de diálogo, de pequenas noções de cidadania e de formação moral. Não adianta ficar só vendo TV com eles, sem pelo menos explicar o que nela passa e tentar tirar dali alguma noção do que se passa na cabecinha deles.
Para o meu bebê, por exemplo, cada ida em casa na hora do almoço é importantíssima (mesmo que seja por apenas meia hora), para dar um carinho, um chamego, um aperto.
Como eu trabalho por oito horas diária, sei que o tempo com eles não é grande, mas também sei que me esforço muito para que o tempo seja de qualidade.
Fui criada com meu pai e minha mãe trabalhando oito horas por dia, com a gente morando na Praia do Futuro e eles trabalhando no Centro, o que é bem longe. Mas lembro bem deles indo nos deixar e pegar no colégio, esperando a gente no inglês até tarde (imagino agora como devia ser cansativo). Lembro da presença constante deles na nossa infância e não sinto em momento algum (a não ser que exista algo escondido no meu sub consciente e eu não saiba) que eles tenha me negligenciado ou que teriam sido pais melhores se minha mãe não trabalhasse, por exemplo.
Sempre penso nisso quando me questiono sobre trabalhar ou não para ficar com eles, quando penso que se trabalhasse menos eu cuidaria melhor deles. Acredito que minha presença pode ser não ser bastante em quantidade, mas procuro que a qualidade seja superior a falta que eles supostamente sintam de mim.

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